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Cidades do interior lideram o ranking de casos confirmados de dengue em Mato Grosso do Sul, segundo o Boletim Epidemiológico Dengue 2021, divulgado nesta quarta-feira (24) pela Secretaria Estadual de Saúde (Ses). Até a presente data, Três Lagoas e Corumbá registraram 1.749 e 1.602 casos confirmados, respectivamente.
O número é bem maior do que o das cidades seguintes no ranking da dengue. Maracajú está em terceiro lugar com 512 casos e Ivinhema em quarto, com 394. A capital do estado, Campo Grande, vem em quinto lugar, com 392 casos. Outras sete cidades de MS registraram mais de 100 casos da doença transmitida pelo Aedes Aegypti.
O secretário municipal de saúde de Corumbá, Rogério Leite, frisa que frequentemente são feitas ações para o combate da doença, mas que a participação dos moradores é fundamental para esse processo.
“É uma doença que a gente não tem o controle sozinho, o poder público depende realmente que a população participe nesse bloqueio, na manutenção dos seus quintais, das suas casas, da sua comunidade, do seu bairro, para que não faça criadouro que possibilite o aumento da infestação de mosquitos”, afirma Leite.
Apesar do grande número de casos confirmados, 14 pessoas morreram em decorrência da dengue em todo o estado, desde o início do ano. Em 2020, 43 óbitos foram registrados no ano inteiro.
O estado busca investir em maquinários para combater focos do mosquito. “Nós fizemos todos os levantamentos possíveis, conseguimos substituir todas as máquinas que emprestamos para os municípios, aquelas para fazer o chamado fumacê, compramos máquina de uso domiciliar, de uso externo, reorganizamos todos os maquinários, para que junto com os municípios possamos enfrentar essas doenças”, destaca o secretário estadual de saúde, Geraldo Rezende.
A cidade com mais mortes por conta da dengue neste ano é Campo Grande, com três óbitos. As três pessoas falecidas eram idosas com diabetes e hipertensão. O mais recente óbito foi de um homem de 77 anos, em agosto, após seis dias do início dos sintomas.
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Bairros com risco de infestação em Campo Grande
Na capital, quatro bairros estão com risco de infestação do Aedes Aegypti, sendo eles Iracy Coelho, Pioneiros, Silvia Regina e Vila Corumbá. Segundo o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), feito pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), mais 31 bairros estão em alerta para a presença do mosquito. Confira abaixo a lista completa com os bairros em alerta.
- José Abrão/Vila Cox
- Vida Nova
- São Conrado
- Bonança
- Coronel Antonino
- Cruzeiro/Autonomista
- Indubrasil
- Jardim Azaleia
- Arnaldo Estevão Figueiredo
- Seminário/SãoBenedito
- Universitário
- 26 de agosto
- Noroeste
- Carlota
- Batistão
- São Francisco
- Ana Maria do Couto
- Mário Covas
- Caiçara
- Coophavila II
- Mata do Jacinto
- Estrela Dalva
- Parque do Sol
- Maria Aparecida Pedrossian
- Aero Rancho IV
- Vila Carvalho
- Cristo Redento
- Paulo Coelho
- Nova Lima
- Jockey Club
- Buriti
Programa Wolbachia
Na terça-feira (23) completou um ano da produção da bactéria Wolbachia, na Biofábrica de MS. O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com a bactéria para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia.
A bactéria está presente em cerca de 60% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos. No entanto, não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dele, contribuindo para redução destas doenças.
Renata Barros
Por G1 MS